sexta-feira, 2 de julho de 2010

O que é maya?

Tudo o que o homem comum vê, realiza, sente, conhece é Maya. A aparência de um mundo tem sua base em Brahman. O conceito de Maya se aplica unicamente ao mundo fenomenal, ilusório, que consiste em nomes e formas. Ele não é inexistente, porém difere da Realidade, Brahman, da qual depende para sua existência. Ele não é irreal, porém desaparece quando a luz do conhecimento atinge o seu íntimo, desperto para Realidade.
O homem normal apenas sobrepõe Brahman, pois não conhece intimamente a Verdade. Em um estado de consciência comum o ser humano cultua Brahman de diversas maneiras, de uma forma individualizada, onde Deus é uma força que difere de todos (dualismo), como um “ser” que habita toda natureza, ou como um Todo que é infinito, atemporal, sem formas (monismo).
Porém na realidade humana não há como definir absolutamente o que seria Deus, Brahman, Tao o Todo. Como podemos sobrepor uma aparência de mundo a uma realidade que não é visível aos nossos sentidos?
É possível tornar-se iluminado ou santo cultuando e acreditando em uma Realidade como Iswara (Deus Personificado), porém não vivenciará Brahman como um Todo onde o Eu faz parte de um só.
A verdade mostra-se a partir do auto-conhecimento, conhecimento. Em um processo de adoração, a mente vai se purificando, a idéia do ego se dissipa, a sobreposição cessa, Iswara e a aparência do mundo se desvanecem na chama da consciência transcendental, quando o que vê e o que é visto deixam de existir, nada mais existe, Tudo é Brahman...

Brahman: O supremo e agnoscível princípio do universo, de cuja essência tudo emana e à qual tudo volta. A divindade Universal
*Maya: Do sânscrito: Ilusão. Ilusão sensorial que envolve o espírito e o captura pelos sentidos, dando falsa impressão de que vivemos uma realidade “palpável”.

Harley.

Extraído do livro: A jóia Suprema do Discernimento, autor: Viveka Chuda Mani Shankara

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